segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A raridade do bem viver

Hoje pensei que as boas lembranças são como pérolas. Elas aparentam fragilidade, quando na verdade são resistentes. Possuem uma beleza singular. De certa forma elas lembram a Lua. Ambas possuem uma beleza meio melancólica. A Lua me desperta um inexplicável sentimento de saudade (as verdades da vida não podem ser explicadas). Rubem Alves diz que a saudade é um intervalo entre a beleza e a finitude. Somos seres de saudade porque somos belos e finitos.

Pois cada lembrança boa que tenho se transforma em uma pérola. Posso dizer que já possuo um tesouro vasto e precioso, de inestimável valor. E o melhor de tudo; ele não pode ser roubado e não se desvaloriza com o tempo. Eu não preciso comprá-lo ou mesmo procura-lo. As pérolas se mostram pelo caminho, basta estar atento para percebê-las, sabendo olhar nos lugares certos.

O meu tesouro se torna cada vez maior à medida que eu o compartilho com as outras pessoas. A lógica é inversa a do capitalismo, quanto mais se divide, mais se tem.

Sim, as boas lembranças são pérolas! E a nossa existência só se faz autêntica quando conseguimos construir um vasto colar, que nos liga aos lugares por onde passamos, experiências que vivemos e pessoas com as quais dividimos as nossas pérolas.

Um comentário:

  1. Maravilhoso escrito!!

    "O meu tesouro se torna cada vez maior à medida que eu o compartilho com as outras pessoas."

    Parabéns, continue inspirado!

    Paz man!

    ResponderExcluir

"Fé na vida, fé no homem, fé no que virá"