quarta-feira, 12 de agosto de 2009

"Pão é amar entre estranhos."

Eu fiz amor com um texto teu Clarice Lispector. Sim, é verdade, as tuas palavras me excitam. Quando consigo abrir um vazio dentro de mim, a tua palavra me invade e me causa.
Quando escrevia você era Clarice? Eu tenho a impressão que não. Você se tranfigurava, tornava-se uma semi-deusa. A tua palavra se tornava sangue. Este era o teu dom e a tua sina. Tu eras livre, ainda que dentro de quatro paredes.
Você não era a Clarice quando escrevia. Isso porque a Clarice era humana, demasiadamente humana. A Clarice não conseguiria falar de quão humana ela era. Só a semi-deusa que se expressava por ti conseguiria falar da tua humanidade em demasia.
Vamos Clarice, admita! Você não era você quando escrevia. Você era o seu ser verdadeiro. Então, era com o seu ser verdadeiro que eu fazia amor.

2 comentários:

  1. um gozo...agora eu q digo: fiz amor com este teu texto...

    ResponderExcluir
  2. darioooo, muito bom, conversadno com clarice, fazendo amor com ela... huuuummm
    hehehe
    muito legal. adorei.

    ResponderExcluir

"Fé na vida, fé no homem, fé no que virá"