segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Girassol"

Os tempos são senhores dos dois destinos. Isso sim, porque há aquele tempo em que escolhemos arriscar pela coragem de sermos nós mesmos, de apostar tudo em um sonho. Um sonho deve ser um plano para algo que não existe, porque o que existe não precisa mais ser criado. Enquanto seres divinos que somos devemos ter em mente que o sentido mais verdadeiro que a vida pode ter é o de proporcionar que nos tornemos o mais criativo possível. Se fosse para existir no tempo da rotina viver não faria nenhum sentido.
Só é viver quando perseguimos a luz, como o girassol que busca o astro maior. Escolher a Vida é estar em paz, é plantar a paz.
São vários destinos que podemos escolher, mas todos eles se resumem a dois. O do tempo da mono-tonia (único tom, que chatice!) ou o tempo que não se mede. Não precisa ser medido, na verdade. Não se está em atraso , porque não há lugar mais importante a se visitar. Só preciso estar aonde estou.
Voltemos a ter olhos de criança! Tudo volta a ser novidade.

domingo, 27 de setembro de 2009

A obra prima convoca o silêncio

O que se pode falar diante de uma obra prima? Por melhor que se fale pode parecer redundância. A obra já fala por si. Não quer dizer nada e fala exatamente sobre aquilo que é. Isso porque o que se mostra verdadeiramente não precisa falar de si, pois, neste caso, falar de si seria um intermédio entre aquilo que se é e o que se quer dizer.
Não precisar falar nada é chegar ao fim do processo de desnudar-se, onde se tem a coragem de se mostrar o que se é. A fala torna-se desnecessária porque aquilo que se mostra verdadeiro toca diretamente a alma, como na música.
Basta saber contemplar. Com-templando podemos presenciar o milagre da re-criação.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Olhar a beleza do mundo

Quando a gente olha para aquilo que é belo passamos a acreditar mais na beleza. Quando transmitimos isso ao outro demonstramos que estamos dando mais importância a isto que às feiúras da existência. Não digo que devemos fechar os olhos ao perverso, mas sim que não devemos valorizar somente esse lado da existência. Violência e desigualdade devem ser anunciadas, denunciadas e transformadas, mas enquanto não conseguimos extirpar esses males do mundo precisamos alimentar a nossa alma, aquecer os nossos sonhos, renovar as nossas esperanças. Viver o ócio é, também, vivenciar a profecia de uma nova possibilidade. É ter uma experiência que, a partir das transformações que empreendemos no mundo, pode se tornar um estado.

domingo, 13 de setembro de 2009

O Momento

Às portas do inferno olhamos para cima. O que vemos é o divino. Ele sempre esteve lá, mas as vezes precisamos chegar ao fundo do poço para olhar para o céu. E quando somos humildes o bastante para compreender que muitos dos sofrimentos que vivemos advêm das nossas próprias escolhas, fazemos as pazes com o divino que nos habita. Sois deuses. Sois seres de amor. O sofrimento é um meio pelo qual me encontrará. Encontrará a si. Mas se atreva a olhar. Verás que o céu está em seus olhos. Será a beleza do encontro. O Momento.

Somente para aqueles que se atrevem a sonhar

sábado, 12 de setembro de 2009

"Cio da Terra"

Pedimos e nos é dado. Contentamo-nos com o que nos é necessário. Fartura independe de opulência. A luxúria expressa miséria de alma.

A terra é uma mãe. Acolhe, conforta, concede, emprenha, cria a vida. Ela dá o chão, que é o lugar onde existimos.

Para emprenhar a terra é preciso seduzi-la. Isso se faz pela doçura, conhecendo os segredos da terra.

Um dos seus mistérios é o de que ela não pertence a ninguém, a não ser a ela própria e a todos nós.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Formação do homem obra de arte

"A educação do homem deve começar pela poesia, ser fortificada pela conduta justa e consumar-se na música." (Confúcio)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

"Paciência em Ti"

O Dalai Lama diz que a ansiedade pode ser curada com o seguinte pensamento; de nada adianta eu me tornar ansioso por algo. Se o problema pode ser resolvido farei o meu melhor para que assim o seja. Caso contrário, não devo me preocupar, porque é algo que não pode ser mudado.
A paciência é a ciência da paz. É uma atitude prática frente ao sofrimento inevitável. É um posicionamento sábio frente a necessidade de se pensar a melhor saída para um problema. É um estado da alma que nos equilibra e faz bem ao corpo. É o estar na velocidade devida, nem mais lento e nem apressado. É estar no tempo do ser autêntico.